(02/02) - Santa Catarina de Ricci





Ela nasceu em Florença, Itália, no dia 23 de abril de 1522. Sua mãe morreu quando ela ainda era criança e ela foi criada pela sua madrinha de batismo, mas considerava a Virgem Maria como a sua verdadeira mãe e desenvolveu uma grande devoção a Ela. Como criança ela podia falar com o seu anjo da guarda e o anjo a ensinava preces para o seu rosário. Com a idade de 6 anos ela entrou para o Convento-Escola em Montecelli, onde sua tia Louisa del Ricci era Abadessa. 

Catarina desenvolveu uma enorme devoção a Paixão de Cristo. Seu pai Pedro se opunha aos seus planos de entrar para o Convento. Ele resolveu permitir, mas depois mudou de ideia. Ela continuava com suas orações em casa, mas quando ele mudou de ideia ela ficou doente. Somente quando ele finalmente concordou com a sua vocação, ela melhorou e se tornou uma terciária dominicana. Ela recebeu visões e extasies, mas estes provocaram vários problemas e dúvidas entre as freiras – exteriormente ela parecia estar dormindo ou meio abobalhada quando as visões tomavam conta dela. Catarina pensava que todos recebiam visões como ela e que estas visões seriam parte de suas vidas com Deus.

Ela sofreu uma série de doenças, que prejudicaram a sua saúde. Ela conheceu São Filipe Neri em uma visão, quando ele estava vivo e em Roma. Eles conseguiam se corresponder e ela conseguia bilocar-se (estar em dois locais ao mesmo tempo). Catarina apareceu para Filipe em uma visão e eles conversaram por longo tempo. Filipe, que era muito cauteloso em acreditar em visões, confirmou esta visita. Esta habilidade de bilocar-se (como São Padre Pio) foi confirmado por oito testemunhas juramentadas. Ela dizia ter recebido de Jesus um anel como sinal de noivado com Ele, mas o que para ela parecia ser um anel de ouro com diamantes para os demais era um inexplicável losango vermelho e um circulo em volta de seu dedo. Tinha estigmas permanentes. 

Com 20 anos ela começou um ciclo de 12 semanas de êxtases da Paixão; de Quinta ao meio dia até Sexta as 16 horas sempre acompanhada de sérios ferimentos e chagas. As demais freiras podiam seguir o curso da Paixão pelos ferimentos que apareciam em ordem cronológica desde os açoites, a coroa de espinhos e os ferimentos na Cruz; e quando o êxtase finalmente terminava ela estava coberta de ferimentos e seus ombros permaneciam profundamente afundados onde a madeira da Cruz teria se apoiado.

Na primeira vez, na quaresma de 1542, ela meditava tão completamente na crucificação que ela ficava doente e só melhorava com a visão do Senhor levantando-se do Sepulcro e falando com Maria Madalena no Sábado Santo. A multidão passou a ser numerosa e constante de tal modo que as freiras rezavam para que os ferimentos ficassem menos visíveis. E Ele as atendeu em 1554. Três futuros papas (Papa Marcelo II, Papa Leão XI, e Papa Clemente VIII) foram alguns dos milhares que procuraram as suas preces. Foi prioresa aos 30 anos. Correspondeu-se com São Carlos Borromeu e São Pio V. Faleceu em 2 de novembro de 1590 em Prato, Itália e seu túmulo passou a ser local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Foi beatificada em 1732 pelo Papa Clemente XII e canonizada em 1746 pelo Papa Benedito XIV. Sua festa é celebrada no dia 2 de fevereiro.

Santa Catarina de Ricci, rogai por nós! 

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Esta obra é um compêndio dos escritos de Santo Afonso de Ligório sobre a Paixão de Jesus Cristo. Os textos foram reunidos na Opere Ascetiche di S. Alfonso Maria de Liguori, Vol. V, Roma, 1934. Santo Afonso se pergunta como é possível que tantos fiéis permaneçam indiferentes diante de Jesus crucificado, como se fosse algo irreal ou que sua Paixão e Cruz não tivessem relação alguma conosco. “Provavelmente lhes faltam meditar sobre a realidade da Paixão de Nosso Senhor”, conclui. Ele corrobora com Santo Agostinho que dizia não haver coisa mais útil para conseguir a salvação eterna do que pensar todos os dias nos tormentos que Jesus sofreu por nosso amor. Já Orígenes escreveu que o pecado jamais imperaria na alma que meditasse continuamente a morte de seu Salvador. Porém, não devemos considerar somente as dores e os desprezos que Jesus padeceu, mas também o amor com que Ele os suportou, pois os seus sofrimentos não foram unicamente para nos salvar, já que para isso bastava uma simples oração sua, mas também para nos manifestar todo o amor que Ele nos consagra e, assim, ganhar os nossos corações. Oh! felizes de vós, almas amantes, diz-nos Santo Afonso, citando o profeta Isaías: “meditais continuamente na Paixão de Jesus: com alegria tirareis água das fontes da salvação”.






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