Dia de Nossa Senhora do Ó - 18 de Dezembro

 






A popularmente a festa de Nossa Senhora do Ó é conhecida como a festa litúrgica de “Expectação do parto de Nossa Senhora”. Tanto o nome de Nossa Senhora do Ó quanto Expectação do parto de Nossa Senhora representam os anelos santos da Mãe de Deus ao ver o nascimento de Jesus. Que foi antecedido pela expectativa da salvação de milhares de gerações desde Adão e Eva.
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17 de Dezembro dia de São Lázaro de Betânia









Lázaro de Betânia, na Judeia, teve a honra de merecer a amizade de Jesus e de desfrutar de sua companhia em sua própria casa. Este santo deve à amizade de Jesus, além da espetacular ressurreição do túmulo, o culto que recebe da Igreja ao longo dos séculos. A casa de Lázaro era um lugar onde Jesus costumava passar alguns momentos de descanso. Apenas a três milhas de Jerusalém, era uma próspera propriedade agrícola, em Betânia.
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Papa concede Indulgência Plenária a quem celebrar Virgem de Guadalupe em casa. (12/12/2020)

De acordo com o site ACI, o Papa Francisco concordou em conceder indulgência plenária aos fiéis que participarem das celebrações virtuais em casa por ocasião da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe.

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Solenidade da Imaculada Conceição de Nossa Senhora









O dogma da Imaculada Conceição de Maria é um dos dogmas mais queridos ao coração do povo cristão. Os dogmas da Igreja são as verdades que não mudam nunca, que fortalecem a fé que carregamos dentro de nós e que não renunciamos nunca. A convicção da pureza completa da Mãe de Deus, Maria, ou seja, esse dogma, foi definida em 1854, pelo papa Pio IX, através da bula “Ineffabilis Deus”, mas antes disso a devoção popular à Imaculada Conceição de Maria já era extensa. A festa já existia no Oriente e na Itália meridional, então dominada pelos bizantinos, desde o século VII.
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Santo Ambrósio de Milão - 07 de Dezembro





Ambrósio nasceu em Trèves, atual Alemanha, por volta do ano 339. Era de família cristã: seu pai era alto funcionário do Império Romano, governador de uma província do outro lado dos Alpes, no norte da Itália. Quando o pai morreu, a família foi para Roma, onde Ambrosio estudou direito, retórica e iniciou sua carreira jurídica.
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Indulgências aos fiéis defuntos: Novas regras devido a Pandemia!

 

DECRETO

Neste ano, por causa da pandemia da doença de COVID-19,
as indulgências plenárias pelos fiéis defuntos
prorrogam-se por todo o mês de novembro,
comutadas as condições e obras pias, em vista da segurança do povo cristão
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Peça o auxílio de São Rafael Arcanjo rezando seu terço!

 


Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Creio / Pai-Nosso/ 3 Aves-Maria/ Glória ao Pai

Nossa Senhora Rainha dos Anjos, rogai por nós!

1° Mistério (Anuncia-se): São Rafael, médico de Deus. Intercedei pela cura do nosso coração.

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Deus se esqueceu das minhas preces?

 


Jesus Cristo fez-nos a seguinte promessa: “Em verdade, em verdade vos digo: se pedirdes alguma coisa a meu Pai, em meu nome, Ele vo-la dará” (Jo 16,23). Muitos, diz São Tiago, pedem e não recebem, porque pedem mal: “Pedis e não recebeis porque pedis mal” (Tg 4,3). São Basílio, explicando as palavras do Apóstolo, diz: “Pedes e não recebes, porque tua oração foi mal feita ou sem fé, sem devoção ou desejo; ou porque pediste coisa que não se referia à tua salvação eterna, ou pediste sem perseverança”.
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O que você sabe sobre a Virgem Maria?


Lumen Gentium
CAPÍTULO VIII

A BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA MÃE DE DEUS
NO MISTÉRIO DE CRISTO E DA IGREJA



I. PROÊMIO

A Virgem mãe de Cristo
52. Querendo Deus, na Sua infinita benignidade e sabedoria, realizar a redenção do mundo, «ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Seu Filho, nascido de mulher,… a fim de recebermos a filiação adotiva» (Gál. 4, 4-5). «Por amor de nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou na Virgem Maria, por obra e graça do Espírito Santo» (171). Este divino mistério da salvação é-nos revelado e continua na Igreja, instituída pelo Senhor como Seu corpo; nela, os fiéis, aderindo à cabeça que é Cristo, e em comunhão com todos os santos, devem também venerar a memória «em primeiro lugar da gloriosa sempre Virgem Maria Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo».
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Por que Deus permite a tentação?

“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação” (Eclo 2, 1).





Nosso Senhor, permite que as tentações nos sobrevenham para que nos humilhemos. “Que sabe aquele que não é tentado?”, pergunta o sábio. Com efeito, a melhor ocasião para o homem conhecer a fundo sua própria miséria é quando ele é tentado. Como observa Santo Agostinho, antes da tentação São Pedro confiava muito em si mesmo, a ponto de declarar que preferiria morrer a negar Jesus. Quando lhe sobreveio a tentação, porém, negou-O covardemente, e assim pôde conhecer a sua própria fraqueza.

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LUMEN GENTIUM - VIRGEM MARIA MÃE DE DEUS

CAPÍTULO VIII
A BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA MÃE DE DEUS
NO MISTÉRIO DE CRISTO E DA IGREJA


I. PROÊMIO


A Virgem mãe de Cristo
52. Querendo Deus, na Sua infinita benignidade e sabedoria, realizar a redenção do mundo, «ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Seu Filho, nascido de mulher,… a fim de recebermos a filiação adotiva» (Gál. 4, 4-5). «Por amor de nós, homens, e para nossa salvação, desceu dos céus e encarnou na Virgem Maria, por obra e graça do Espírito Santo» (171). Este divino mistério da salvação é-nos revelado e continua na Igreja, instituída pelo Senhor como Seu corpo; nela, os fiéis, aderindo à cabeça que é Cristo, e em comunhão com todos os santos, devem também venerar a memória «em primeiro lugar da gloriosa sempre Virgem Maria Mãe do nosso Deus e Senhor Jesus Cristo».
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QUARESMA DE SÃO MIGUEL ARCANJO



Entenda a Quaresma de São Miguel:



De preferência em jejum (opcional em forma de penitência), ao se levantar (ou outro horário de sua preferência), fazer o sinal da cruz completo, com água benta (opcional), acender a vela abençoada (obrigatório) e iniciar as orações diante da imagem de São Miguel Arcanjo (obrigatório, pode ser uma imagem, foto ou estampa), fazer a confissão antes de terminar a quaresma (preferencialmente), fazer as orações na ordem a seguir (sugestão): 
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Você sabe o que é Ecumenismo? Leia o Decreto e saiba mais!





DECRETO UNITATIS REDINTEGRATIO SOBRE O ECUMENISMO

PROÊMIO

1. Promover a restauração da unidade entre todos os cristãos é um dos principais propósitos do sagrado Concílio Ecumênico Vaticano II. Pois Cristo Senhor fundou uma só e única Igreja. Todavia, são numerosas as comunhões cristãs que se apresentam aos homens como legítima herança de Jesus Cristo. Todos, na verdade, se professam discípulos do Senhor, mas têm pareceres diversos e caminham por rumos diferentes, como se o próprio Cristo estivesse dividido (Cf. 1Cor 1,13). Esta divisão, porém, contradiz abertamente a vontade de Cristo, e é escândalo para o mundo, como também prejudica a santíssima causa da pregação do Evangelho a toda a criatura.
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Decreto sobre o Apostolado dos Leigos - APOSTOLICAM ACTUOSITATEM






DECRETO
APOSTOLICAM ACTUOSITATEM
SOBRE O APOSTOLADO DOS LEIGOS


PROÊMIO


1. O sagrado Concílio, desejando tornar mais intensa a atividade apostólica do Povo de Deus, dirige-se solicitamente aos cristãos leigos, cujas funções, próprias e inteiramente necessárias na missão da Igreja já recordou noutros lugares. Com efeito, o apostolado dos leigos, uma vez que dimana da sua própria vocação cristã, jamais pode deixar de existir na Igreja. A própria Sagrada Escritura demonstra abundantemente quão espontânea e fecunda foi tal atividade nos primórdios da Igreja (cfr. At. 11, 19-21: 18, 26; Rom. 16, 1-16; Fil. 4, 3).

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Detalhes do momento em que o Coração de Jesus é trespassado pela lança


"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz)
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado. 

O Coração de Jesus trespassado por uma lança. Esmagamento das pernas e morte dos ladrões: Durante todo esse tempo reinava silêncio e tristeza sobre o Gólgota. O povo assustado dispersara-se, indo esconder-se em casa. A Mãe de Jesus e João, Madalena, Maria, filha de Cléofas e Salomé estavam, em pé ou sentados, em frente à cruz, com as cabeças veladas, chorando. Alguns soldados estavam sentados no barranco, com as lanças fincadas no chão. Cássio, a cavalo, ia de um lado para outro. Os soldados conversavam do alto do Calvário com outros que estavam mais em baixo. O céu estava nublado e toda a natureza parecia abatida e de luto. Vieram então seis carrascos, subindo o monte Calvário; trouxeram escadas, pás e cordas, como também pesadas maças de ferro de três gumes, para esmagar as pernas dos executados.

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Saiba sobre a Morte de Jesus na visão de Anna Catharina


"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz)
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado.

Morte de Jesus: Sobre o Gólgota, fizeram as trevas uma impressão terrível. A horrorosa fúria dos verdugos, os gritos e imprecações na elevação da cruz, os uivos dos ladrões ao serem amarrados ao madeiro, os insultos dos fariseus a cavalo, o revezar dos soldados, a barulhenta partida dos algozes embriagados, tudo isso diminuíra a princípio um pouco o efeito das trevas. Seguiram-se depois as repreensões do ladrão penitente, Dimas, e a raiva dos fariseus contra ele. Mas à medida que crescia a escuridão, tornavam-se mais pensativos os espectadores, afastando-se da cruz. Foi então que Jesus recomendou sua Mãe a João e que Maria foi conduzida a alguma distância do lugar do suplício.

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Anna Catharina descreve como Jesus foi pregado na cruz


"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz)
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado.

Jesus é pregado na Cruz: Jesus, imagem viva da dor, foi estendido pelos carrascos sobre a cruz; Ele próprio se sentou sobre ela e eles brutalmente O deitaram de costas. Colocaram-Lhe a mão direita sobre o orifício do prego, no braço direito da cruz e aí lhe amarraram o braço. Um deles se ajoelhou sobre o santo peito, enquanto outro lhe segurava a mão, que se estava contraindo e um terceiro colocou o cravo grosso e comprido, com a ponta limada, sobre essa mão cheia de bênção e cravou-o nela, com violentas pancadas de um martelo de ferro.
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Detalhes por Anna Catharina Emmerich de Jesus sendo despojado de suas vestes pelos carrascos


"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado.

Os carrascos despem Jesus para a crucificação e oferecem-Lhe vinagre: Dirigiram-se então quatro carrascos à masmorra subterrânea, situada a setenta passos ao norte; Jesus rezava todo o tempo a Deus, pedindo força e paciência e oferecendo-se mais uma vez em sacrifício expiatório, pelos pecados dos inimigos. Os carrascos arrancaram-nO para fora e, empurrando, batendo e insultando-O, levaram-nO para o suplício. O povo olhava e insultava; os soldados, frios e altivos, mantinham a ordem, dando-se ares de importância; os carrascos, cheios de raiva sanguinária, arrastaram Jesus brutalmente para o largo do suplício.
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Conheça a descrição de Jesus carregando a Cruz na visão de Anna Catharina

"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz)
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado.

Jesus toma a cruz nos ombros: Quando Pilatos desceu do tribunal do Gábata, seguiram-no uma parte dos soldados e foram diante do palácio, para acompanhar o séquito. Um pequeno destacamento ficou com os condenados. Vinte e oito fariseus armados, entre os quais os seis inimigos furiosos de Jesus que estavam presentes quando foi preso no horto das Oliveiras, vieram a cavalo ao fórum, para acompanhar o séquito.

Os carrascos conduziram Jesus ao meio do fórum; alguns escravos entraram pela porta ocidental, trazendo o patíbulo da cruz e jogaram-no ruidosamente aos pés do Salvador. Os dois braços da cruz, mais finos, estavam amarrados com cordas ao tronco largo e pesado; as cunhas, o cepo para sustentar os pés e a peça ajustada ao tronco para a inscrição, junto com outras ferramentas eram carregados por alguns meninos a serviço dos carrascos.
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Como Jesus foi coroado de espinhos e escarnecido pelos soldados?



"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz)
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado.

Jesus é coroado e escarnecido: Durante a flagelação falou Pilatos ainda várias vezes ao povo, que uma vez até gritou: “Ele deve morrer, ainda que todos nós também pereçamos.” Quando Jesus foi conduzido ao corpo da guarda, para ser coroado de espinhos, ainda gritaram: “Morra! Morra!” pois chegavam cada vez novas turbas de judeus, que pelos emissários dos sumos sacerdotes eram incitados a gritar assim.

Houve depois uma curta pausa. Pilatos deu ordens aos soldados. Os sumos sacerdotes e os conselheiros, que estavam sentados em bancos, de ambos os lados da rua, à sombra das árvores ou sob lonas estendidas, diante do terraço de Pilatos, mandaram os criados trazer alimentos e bebida. Vi também Pilatos de novo perturbado pela superstição; retirou-se sozinho, para oferecer incenso aos deuses e por certos sinais descobrir-lhes a vontade.Vi que depois da flagelação a SS. Virgem e as amigas, tendo enxugado o sangue de Jesus, se afastaram do fórum. Vi-as com os panos ensanguentados, numa pequena casa encostada a um muro; não era longe do fórum; não me lembro mais de quem era. Não me recordo de ter visto João durante a flagelação. Jesus foi coroado de espinhos e escarnecido no pátio interior do corpo da guarda, construído sobre os cárceres, ao lado do fórum. Esse pátio era cercado de colunas e todas as entradas tinham sido abertas.
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Revelações de Anna Catharina Emmerich sobre a Flagelação de Jesus



"A Paixão de Jesus Cristo é a mais maravilhosa obra do amor de Deus." (São Paulo da Cruz)
Meditemos sobre a paixão de Jesus, Nosso Senhor, reflitamos o terror de nossos pecados e o alto preço de nossa salvação pago por Cristo na cruz, o próprio Deus crucificado.

A flagelação de Jesus: Pilatos, juiz covarde e indeciso, pronunciara várias vezes a palavra: “Não lhe acho crime algum; por isso vou mandá-Lo açoitar e depois soltar”. A gritaria dos judeus, porém, continuava; “Crucificai-O, Crucificai-O!” Contudo queria Pilatos tentar ainda fazer sua vontade e deu ordem de açoitar Jesus à maneira dos romanos. Então entraram os soldados e, batendo e empurrando a Jesus brutalmente, com os curtos bastões, conduziram nosso pobre Salvador, já tão maltratado e ultrajado, através da multidão tumultuosa e furiosa, para o fórum, até a coluna de flagelação, que ficava em frente de uma das arcadas do mercado, ao norte do palácio de Pilatos e não longe do posto da guarda.

Os carrascos, jogando os açoites, varas e cordas no chão, ao pé da coluna, vieram ao encontro de Jesus. Eram seis homens de cor parda, mais baixos do que Jesus, de cabelo crespo e eriçado, barba muito rala e curta; vestiam apenas um pano ao redor da cintura, sandálias rotas e uma peça de couro ou outra fazenda ordinária, que lhes cobria peito e costas como um escapulário, aberto dos lados; tinham os braços nus. Eram criminosos comuns, das regiões do Egito, que trabalhavam como escravos ou degredados na construção de canais e edifícios públicos; escolhiam-se os mais ignóbeis e perversos, para tais serviços de carrascos no pretório.

Amarrados à mesma coluna, alguns pobres condenados tinham sido açoitados até à morte, por esses homens horríveis, cujo aspecto tinha algo de bruto e diabólico e pareciam meio embriagados. Bateram em Nosso Senhor com os punhos e com cordas, apesar de não lhes opor resistência alguma, arrastaram-nO com brutalidade furiosa, até à coluna da flagelação. É uma coluna isolada, que não serve para sustentar o edifício. É de tamanho tal, que um homem alto, com o braço estendido, lhe pode tocar a extremidade superior, arredondada e munida de uma argola de ferro; na parte de traz, no meio da altura, há também argolas ou ganchos. É impossível descrever a brutalidade bárbara com que esses cães danados maltrataram a Jesus, nesse curto caminho; tiraram-Lhe o manto derrisório de Herodes e quase jogaram nosso Salvador por terra.

Jesus trepidava e tremia diante da coluna. Ele mesmo se apressou a despir a roupa, com as mãos inchadas e ensanguentadas pelas cordas, enquanto os carrascos O empurravam e puxavam. Orava de um modo comovente e volveu a cabeça por um momento para a Mãe SS. que, dilacerada de dor, estava com as mulheres piedosas num canto das arcadas do mercado, não longe do lugar de flagelação e disse, voltando-se para a coluna, porque O obrigaram a despir-se também do pano que lhe cingia os rins: “Desvia os teus olhos de mim”. Não sei se pronunciou essas palavras ou as disse só interiormente, mas percebi que Maria as entendeu; pois a vi nesse momento desviar o rosto e cair sem sentidos nos braços das santas mulheres veladas, que a rodeavam.

Então abraçou Jesus a coluna e os algozes ataram-Lhe as mãos levantadas à argola de cima, dando-Lhe arrancos brutais e praguejando horrivelmente todo o tempo; puxaram-Lhe assim todo o corpo para cima, de modo que os pés, amarrados em baixo à coluna, quase não tocavam no chão. O Santo dos Santos estava cruelmente estendido sobre a coluna dos malfeitores, em ignominiosa nudez e indizível angústia e dois dos homens furiosos começaram, com crueldade sanguinária, a flagelar-Lhe todo o santo corpo, da cabeça aos pés. Os primeiros açoites ou varas que usaram, pareciam ser de maneira branca e dura; talvez fossem também feixes de tendões secos de boi ou tiras duras de couro branco.

Nosso Senhor e Salvador, o Filho de Deus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, contraia-se e torcia-se, como um verme, sob os açoites dos criminosos; ouviam-se-Lhe os gemidos e lamentos, doces e claros, como uma prece afetuosa no meio de dores dilacerantes, entre os sibilar e estalar dos açoites dos carrascos. De vez em quando ressoava a gritaria do povo e dos fariseus, como uma nuvem escura de tempestade, abafando essas queixas dolorosas e santas, cheias de bênçãos. As turbas gritavam: “Deve morrer! Crucificai-O!”, pois Pilatos estava ainda a discutir com o povo.

Quando queria fazer-se ouvir, no meio do tumulto da multidão, fazia soar primeiro um toque de trombeta, para impor silêncio. Nesses momentos se ouviam novamente os açoites, os gemidos de Jesus, o praguejar dos carrascos e os balidos dos cordeiros pascais, que eram lavados na piscina das Ovelhas, ao lado da porta das Ovelhas, a leste do fórum. Depois de lavados, eram levados, com a boca amarrada, até o caminho do Templo, para não se sujarem mais, depois eram conduzidos para o lado de fora, a oeste, onde ainda eram submetidos a uma ablução cerimonial. Esses balidos desamparados dos cordeiros tinham algo de indescritivelmente comovente; eram as únicas vozes que se uniam aos gemidos do Salvador.

A multidão dos judeus mantinha-se afastada do lugar da flagelação, numa distância, talvez, da largura de uma rua. Soldados romanos estavam postos em diferentes lugares, especialmente pelo lado do posto de guarda; perto da coluna de flagelação havia grupos de populacho, que iam e vinham silenciosos ou zombando; vi alguns que se sentiram comovidos; era como se os tocasse um raio de luz saindo de Jesus.

Vi também meninos indignos que, ao lado do pretório, preparavam novas varas e outros que iam buscar ramos de espinheiro. Alguns soldados dos Príncipes dos sacerdotes tinham travado relações com os carrascos e deram-lhes dinheiro; trouxeram-lhes também um grande cântaro, cheio de uma bebida vermelha, grossa, da qual beberam até ficar embriagados e enraivecidos. Ao cabo de um quarto da hora deixaram os dois carrascos de açoitar Jesus; formam juntar-se a dois outros e beberam com eles. O corpo de Jesus estava todo coberto de contusões vermelhas, pardas e roxas e o sangue sagrado corria-Lhe por terra; agitava-se em movimentos convulsivos. De todos os lados se ouviam insultos e motejos.

Durante a noite tinha feito muito frio. Desde a madrugada até essa hora, não clareara o céu e, com grande espanto do povo, caíram algumas curtas chuvas de pedra. Pelo meio dia clareou e apareceu o sol.

O segundo par de carrascos caiu então com novo furor sobre Jesus; tinham outra espécie de açoites; eram como varas de espinheiro, com nós e esporões. Os violentos golpes rasgaram todas as pisaduras do santo corpo de Jesus; o sangue regou o chão, em redor da coluna e salpicou os braços dos carrascos. Jesus gemia, rezava, torcia-se de dor.

Passaram então pelo fórum muitos estrangeiros, montados em camelos; olharam assustados e entristecidos, quando o povo lhes disse o que se estava passando. Eram viajantes, dos quais uns tinham recebido o batismo e outros o sermão da montanha. O tumulto e os gritos continuavam no entanto, diante da casa de Pilatos.

Os dois seguintes carrascos bateram em Jesus com flagelos: eram curtas correntes ou correias, fixas num cabo, cuja extremidades estavam munidas de ganchos de ferro, que arrancavam, a cada golpe, pedaços de pele e carne das costas. Oh! Quem pode descrever o aspecto horrível e doloroso deste suplicio?

Mas a crueldade dos carrascos ainda não estava satisfeita; desligaram Jesus e amarraram-nO de novo, mas com as costas viradas para a coluna. Como, porém, estivesse tão enfraquecido, que não podia manter-se em pé, passaram-Lhe cordas finas sobre o peito e sob os braços e debaixo dos joelho, amarrando-O assim toda à coluna; também Lhe ataram as mãos atrás da coluna, a meia altura. Todo o corpo sagrado contraia-se-Lhe dolorosamente, as chagas e o sangue cobriam-Lhe a nudez. Como cães raivosos, caíram-Lhe os carrascos em cima, com os açoites; um tinha uma vara mais delgada na mão esquerda, com que Lhe batia no rosto. O corpo de Nosso Senhor formava uma só chaga, não havia mais lugar são. Ele olhava para os carrascos, com os olhos cheios de sangue, que suplicavam misericórdia, mas redobravam os golpes furiosos e Jesus gemia, cada vez mais fracamente: “Ai”

A horrível flagelação durara cerca de três quartos de hora, quando um estrangeiro, homem do povo, parente do cego Ctesifon, curado por Jesus, se aproximou precipitadamente da coluna, pelo lado de traz e, com uma faca em forma de foice na mão, gritou indignado: “Parai! Não flageleis este homem inocente até morrer!” Os carrascos, meio embriagados, pararam espantados e o homem cortou rapidamente, como de um único golpe, as cordas de Jesus, que todos estavam seguras num prego de ferro, atrás da coluna; depois o estrangeiro fugiu e perdeu-se na multidão. Jesus, porém, caiu desfalecido, ao pé da coluna, sobre a terra empapada de sangue. Os carrascos deixaram-nO lá e foram beber, depois de chamar os auxiliares do carrasco, que estavam no posto de guarda, ocupados em trançar a coroa de espinhos.

Jesus torcia-se ainda de dor, ao pé da coluna, as chagas a sangrar; nesse momento vi passar perto algumas raparigas libertinas, com as vestes imprudentemente arregaçadas; estavam de mãos dadas e pararam diante de Jesus, olhando-O com repugnância melindrosa; com isso sentiu Jesus ainda mais as feridas e levantou para elas o rosto ensanguentado, com um olhar suplicante; então se afastaram, continuando o caminho e os carrascos e soldados dirigiram-lhes, entre gargalhadas, palavras indecentes.

Vi varias vezes, durante a flagelação, aparecerem Anjos tristes em redor de Jesus; ouvi a oração que o Senhor dirigia ao Pai eterno, no meio dos tormentos e insultos, oferecendo-se para expiação dos pecados dos homens. Mas nesse momento, quando jazia, banhado em sangue, ao pé da coluna, vi um anjo, que lhe restituía as forças; parecia dar-Lhe um alimento luminoso.

Então se aproximaram novamente os carrascos e dando-Lhe pontapés, mandaram-nO levantar-se, dizendo que ainda não tinham acabado com o rei; querendo ainda bater-Lhe, arrastou-se Jesus pelo chão, para alcançar a faixa de pano e cobrir a nudez; mas os perversos celerados empurravam-na com os pés para lá e para cá, rindo-se de ver Jesus em sangrenta nudez arrastar-se penosamente, como um verme esmagado, para alcançar o pano e cobrir o corpo dilacerado.

Depois O impeliram, a pontapés e pauladas, a levantar-se sobre as pernas vacilantes; não Lhe deram tempo de vestir a túnica, mas lançaram-lha sobre os ombros e Jesus enxugou nela o sangue do rosto, enquanto O conduziram apressadamente ao corpo da guarda, dando uma volta. Podiam tê-Lo levado por um caminho mais curto, porque as arcadas e edifícios em redor do fórum eram abertos, de modo que se podia enxergar o corredor sob o qual jaziam presos os dois ladrões e Barrabás; mas passaram com Jesus diante dos sumos sacerdotes, que gritavam: “Levai-O à morte! Levai-o à morte!” e viraram a cabeça com nojo. Conduziram-nO para o pátio interior do corpo da guarda. Quando Jesus entrou, não havia lá soldados, mas escravos, soldados e marotos, a escória do povo.

Vendo que o povo estava tão agitado, Pilatos mandara vir reforço da cidadela Antônia. Essas forças cercavam em boa ordem o corpo da guarda; podiam falar, rir e insultar a Jesus, mas não sair das fileiras. Pilatos queria com eles manter o povo em respeito. Podia bem haver lá mil homens.
"Que a paixão de Cristo esteja sempre esculpida em tua mente e em teu coração." (São Padre Pio de Pietrelcina)
Fonte: "Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus" - As meditações de Anna Catharina Emmerich, editora: MIR - 12º edição.

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A camponesa que recebeu visões extraordinárias da vida, paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo




Anna Catharina Emmerich

Filha de camponeses pobres, mas piedosos, nasceu na aldeia de Flamske, perto de Coesfeld, na Westfália, no dia 8 de Setembro de 1774 e foi batizada no mesmo dia. Desde a primeira infância, não cessou de receber do céu uma direção superior. Via freqüentemente o Anjo da Guarda e brincava com o Menino Jesus, nos prados e no jardim. A Mãe de Deus, a Rainha do Céu, apresentava-se-lhe muitas vezes e também os Santos lhe eram bons e afetuosos amigos.Quando era criança, falava com toda a simplicidade dessas visões e fatos íntimos, pensando que as outras crianças vissem e experimentassem o mesmo; vendo, porém, que se admiravam das suas narrações, começou a guardar silêncio, pensando que era contra a modéstia falar dessas coisas.

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Compreenda os mistérios do rosário e a rezar com espírito contemplativo a vida de Cristo



Recitar o Rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo. O Rosário, quando descoberto no seu pleno significado, conduz ao âmago da vida cristã, oferecendo uma ordinária e fecunda oportunidade espiritual e pedagógica para a contemplação pessoal, a formação do Povo de Deus e a nova evangelização. Enquanto que na cultura contemporânea, mesmo entre tantas contradições, emerge uma nova exigência de espiritualidade, solicitada inclusive pela influência de outras religiões, é extremamente urgente que as nossas comunidades cristãs se tornem “autênticas escolas de oração”.
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São Cipriano bispo de Cartago (†258 d.C.) - A Unidade da Igreja Católica


1 – Vigiai, o inimigo vem disfarçado

(1) “Vós sois o sal da terra” (Mt 5,3), diz o Senhor, e ainda nos recomenda que sejamos simples pela inocência e prudentes na simplicidade [Mt 10,16]. Nada pois é mais importante para nós, irmãos diletíssimos, quanto vigiar com todo o cuidado para descobrir logo e, ao mesmo tempo, compreender e evitar as ciladas do inimigo traiçoeiro. Sem isso, embora sejamos revestidos de Cristo [Rom 13,14; Gál 3,27], que é a Sabedoria de Deus Pai [1Cor 1,24], nos mostraríamos menos sábios na defesa da salvação.
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Como Deus decidiu que nossos pecados devem ser perdoados nessa terra? Qual a base bíblica desta prática? - O Sacramento da Penitência


Sacramento da Penitência - Se estivermos verdadeiramente arrependidos e confessarmos nossos pecados, Deus nos perdoa:
Se confessarmos nossos pecados, Ele, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de toda injustiça. (1 Jo 1, 9)
Mas como os pecados devem ser confessados? Devemos confessar os pecados orando direto para Deus? A verdade é que em nenhum lugar das Sagradas Escrituras encontramos a orientação de nos confessarmos diretamente com Deus, pelo contrário, a orientação é:
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O martírio, o testemunho e as imagens dos primeiros cristãos - Conheça as Catacumbas de Roma.


Os primeiros cristãos mártires dos primeiros séculos, que eram perseguidos e mortos pelo império romano, também por não adorarem falsos deuses, eram adeptos de imagens sacras? Sabe-se que na Igreja nascente, desde os primeiros séculos, os cristãos sempre fizeram uso de imagens sacras, trata-se de ciência, fatos históricos comprovados através da arqueologia, como veremos a seguir.

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É possível Deus agir por intermédio das imagens sacras?


É possível Deus agir por intermédio das imagens sacras? O que está escrito na Bíblia sobre isso? Veremos a seguir que Deus quis agir por intermédio de uma imagem, uma serpente de bronze, ordenando que Moisés a fizesse:
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É lícito ajoelhar-se perante uma imagem de gesso?


O que está escrito na Bíblia sobre isso?
"Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde diante da arca do Senhortanto ele como os anciãos de Israel, e cobriram de pó as suas cabeças." (Js 7, 6) 
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